Indústria segue em um patamar semelhante ao de 2002. Fabricantes dizem que estoques, no entanto, estão mais equilibrados e creem em melhoria até o fim do ano.
Publicado no Portal G1 em 11/07/2017produção de motos no Brasil caiu 8,8% no primeiro semestre de 2017, apontou a associação dos fabricantes (Abraciclo) nesta terça-feira (11). O desempenho faz o setor permanecer no patamar de 2002, como foi no ano passado, em que o volume de motos fabricadas caiu quase 30% sobre 2015.
De janeiro a junho, a indústria produziu 423.750 motocicletas contra 464.732 unidades no mesmo período do ano passado.
"O número está dentro do esperado e os nossos estoques estão mais equilibrados do que no ano passado. Alguns modelos estão com o estoque baixo", afirma Marcos Fermanian, presidente da Abraciclo
De acordo com a entidade, não haverá revisão das previsões para o ano. "Vamos manter a expectativa de estabilidade, com alta de 2,5%", explica o executivo.
"Em 2016, o primeiro semestre foi a melhor parte do ano, depois declinou. Agora temos melhor perspectiva para o segundo semestre de 2017, por isso manteremos a previsão", afirma Fermanian.
As vendas de motos tiveram queda de 9% no semestre, com 469.581 unidades emplacadas. Nessa conta, a Abraciclo desconsidera os emplacamentos de ciclomotores usados, as chamadas motos cinquentinhas, que passaram a ser emplacados pelos Detrans no ano passado - quem rodar sem placa comete infração e pode ser multado.
Segundo a associação, o crédito continua restrito para a compra de moto financiada. A cada 10 pedidos, 2 a 3 são aprovados, diz Fermanian.
"Nosso principal mercado é o da América Latina, onde concorremos com os produtores asiáticos e a diferença de preço é muito grande", aponta Fermanian.
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