Depois de encolher 20% no ano passado e 22% no primeiro trimestre deste ano, o mercado de motocicletas começa a dar sinais de retomada, dizem revendedores.
Fonte: Jornal de Maringá 26/04/2013
Os dados oficiais ainda não mostram um aumento nas vendas; indicam apenas que elas podem ter parado de cair. Mas, segundo lojistas, alguns fatores permitem vislumbrar tempos melhores. A inadimplência se estabilizou, o que deixou bancos e financeiras um pouco menos restritivos. Caixa Econômica e BNDES criaram linhas especiais para o setor, ampliando as fontes de crédito. E os consórcios, uma alternativa à burocracia do financiamento convencional, avançam rapidamente.
"Os dados mostram estabilidade, permitindo a manutenção da perspectiva de recuperação, mesmo que ainda tímida", disse, em nota, o diretor-executivo da Abraciclo, José Eduardo Gonçalves. A associação acredita que as vendas vão reverter o recuo do início do ano e fechar 2013 com alta de 2,4%, chegando a 1,66 milhão de motos - em 2012, o mercado se limitou a 1,63 milhão de unidades, o pior desempenho desde 2009.
Quase imprescindível para a venda de modelos populares, o crédito é determinante para o avanço ou retrocesso do mercado de motos. Quando a crise fechou as torneiras do financiamento, em 2009, as vendas caíram de tal forma que a recuperação plena só se deu em 2011. O problema é que, no fim desse mesmo ano, o governo baixou medidas de restrição aos empréstimos que, somadas à alta da inadimplência, voltaram a frear o setor.
A pior fase ficou para trás, garante Luís Fernando Macedo, diretor da revendedora Honda Blokton e da área de motos da Fenabrave-PR, representante do varejo de veículos. "Temos uma boa perspectiva, já que a inadimplência tem se mantido estável e os financiamentos apresentam índices positivos mês a mês, gradativamente", diz.
Bancos e financeiras estão um pouco mais flexíveis neste ano, mas conseguir aprovar um pedido de crédito ainda é mais difícil que no período pré-crise. E isso vem abrindo espaço aos consórcios. Segundo a Abraciclo, a participação dessa modalidade no total vendido subiu de 27% em 2011 para 35% no ano passado - e continua crescendo, de acordo com lojistas.
A quantidade de motocicletas em uso no país quadruplicou em uma década, saltando de 4,6 milhões para 18,4 milhões de unidades entre 2001 e 2011 - o que equivale a um crescimento médio de 15% ao ano. No mesmo período, a frota de carros, ônibus e caminhões aumentou 73% (ou 5,6% ao ano), para 34,7 milhões de veículos.
A expansão de ambas as frotas não ajudou a melhorar a convivência entre motoristas e motociclistas, nem os indicadores de violência no trânsito. Mais vulnerável, quem está sobre duas rodas é vítima em potencial. Segundo o Corpo de Bombeiros, 56% dos acidentes com vítimas no Paraná envolvem motos. Em todo o país, a taxa de mortes nesse tipo de colisão é de sete a cada 100 mil habitantes, a segunda maior do mundo - no Paraguai, são 7,5 por 100 mil.
O número de motos em relação à população também disparou. Em 2001, havia uma motocicleta para cada 37 brasileiros; hoje há uma a cada dez. Na Itália há uma moto para cada sete pessoas; na Indonésia, uma a cada cinco; na Tailândia e no Vietnã, a relação é de uma para quatro.
Os dados oficiais ainda não mostram um aumento nas vendas; indicam apenas que elas podem ter parado de cair. Mas, segundo lojistas, alguns fatores permitem vislumbrar tempos melhores. A inadimplência se estabilizou, o que deixou bancos e financeiras um pouco menos restritivos. Caixa Econômica e BNDES criaram linhas especiais para o setor, ampliando as fontes de crédito. E os consórcios, uma alternativa à burocracia do financiamento convencional, avançam rapidamente.
"Os dados mostram estabilidade, permitindo a manutenção da perspectiva de recuperação, mesmo que ainda tímida", disse, em nota, o diretor-executivo da Abraciclo, José Eduardo Gonçalves. A associação acredita que as vendas vão reverter o recuo do início do ano e fechar 2013 com alta de 2,4%, chegando a 1,66 milhão de motos - em 2012, o mercado se limitou a 1,63 milhão de unidades, o pior desempenho desde 2009.
Quase imprescindível para a venda de modelos populares, o crédito é determinante para o avanço ou retrocesso do mercado de motos. Quando a crise fechou as torneiras do financiamento, em 2009, as vendas caíram de tal forma que a recuperação plena só se deu em 2011. O problema é que, no fim desse mesmo ano, o governo baixou medidas de restrição aos empréstimos que, somadas à alta da inadimplência, voltaram a frear o setor.
A pior fase ficou para trás, garante Luís Fernando Macedo, diretor da revendedora Honda Blokton e da área de motos da Fenabrave-PR, representante do varejo de veículos. "Temos uma boa perspectiva, já que a inadimplência tem se mantido estável e os financiamentos apresentam índices positivos mês a mês, gradativamente", diz.
Bancos e financeiras estão um pouco mais flexíveis neste ano, mas conseguir aprovar um pedido de crédito ainda é mais difícil que no período pré-crise. E isso vem abrindo espaço aos consórcios. Segundo a Abraciclo, a participação dessa modalidade no total vendido subiu de 27% em 2011 para 35% no ano passado - e continua crescendo, de acordo com lojistas.
A quantidade de motocicletas em uso no país quadruplicou em uma década, saltando de 4,6 milhões para 18,4 milhões de unidades entre 2001 e 2011 - o que equivale a um crescimento médio de 15% ao ano. No mesmo período, a frota de carros, ônibus e caminhões aumentou 73% (ou 5,6% ao ano), para 34,7 milhões de veículos.
A expansão de ambas as frotas não ajudou a melhorar a convivência entre motoristas e motociclistas, nem os indicadores de violência no trânsito. Mais vulnerável, quem está sobre duas rodas é vítima em potencial. Segundo o Corpo de Bombeiros, 56% dos acidentes com vítimas no Paraná envolvem motos. Em todo o país, a taxa de mortes nesse tipo de colisão é de sete a cada 100 mil habitantes, a segunda maior do mundo - no Paraguai, são 7,5 por 100 mil.
O número de motos em relação à população também disparou. Em 2001, havia uma motocicleta para cada 37 brasileiros; hoje há uma a cada dez. Na Itália há uma moto para cada sete pessoas; na Indonésia, uma a cada cinco; na Tailândia e no Vietnã, a relação é de uma para quatro.
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